quinta-feira , 28 março 2024

Estiagem castiga

Santiago e região sofrem com a falta de chuva

A estiagem está afetando todo o Rio Grande do Sul, Santiago e os municípios da região já decretaram Situação de Emergência, pela falta de chuva. 

Conforme um laudo recente da EMATER, as perdas De acordo com o recente laudo da Emater, as perdas já ultrapassam os R$ 144 milhões. A falta de chuva não afeta comente a produção de grãos, mas também a criação de animais.

O laudo refere-se ao cenário do setor rural do município de Santiago, ocasionado pelo baixo índice de chuvas que vem afetando o município nessa safra, com duas estiagens sucessivas ocorridas entre os períodos de 30/11 e 21/12 e entre 15/01 até o momento, nas quais causaram e vem causando grandes perdas no município.

Confira os dados emitidos através do laudo da EMATER: No cultivo do milho, até o momento a perda é de 60%, totalizando um prejuízo financeiro de R$ 5.402.880,00. Na soja a perda, até o momento, foi de 50%, um prejuízo financeiro de R$ 102.384.000,00. Bovinos, perda de 15%, um prejuízo de R$ 36.600.000,00 e olerícolas perdas de 20% e prejuízo de R$ 200.000,00.

Os reflexos da estiagem serão muito negativos para o estado e seus municípios, a população torce para que a chuva chegue logo, para que problemas ainda maiores sejam evitados.

Conforme o Engenheiro Agrônomo da Emater, EM Santiago, Marcelo Gomes Steiner, com relação às perdas, as culturas de milho e soja são as mais atingidas, e a cada dia que passa sem chover, as perdas aumentam. Porém os cultivos protegidos (olerícolas – verduras) também apresentam bastantes perdas, devido às altas temperaturas.

“Há também perdas na pecuária, pois o campo nativo e as pastagens de verão não apresentam crescimento, além de em muitas áreas já haver a morte de forragens (pastagens) diminuindo ainda mais a oferta e fazendo com que os animais percam peso, em uma época complicada, pois se os  animais entrarem no inverno com baixa nutrição podem ocorrer ainda maior perda de peso e consequentemente a morte”, destacou.

A falta de chuva também gera problema para os municípios na questão do abastecimento de água, muitas barragens estão com os níveis abaixo do normal, preocupando a Corsan e a população.

Em Santiago não é diferente, a estiagem coloca Corsan em alerta quanto ao nível da barragem que está diminuindo a cada dia. Mas, mesmo com toda esta situação, não há necessidade de racionamento. 

Em conversa com o gestor da unidade da Corsan em Santiago, Lusardo Parise, ele destaca que mesmo não havendo a necessidade, neste momento, de racionamento, o que a população precisa evitar é gastar água, seja com lavagem de carros, de garagens e calçadas, entre outros. Segundo Lusardo, o quadro ainda está estabilizado.

Até a quarta-feira, 11, havia baixado 2 metros do nível normal da água da barragem, que é de 10 metros e 20 centímetros, “o importante é evitar o desperdício, já que estamos passando por uma forte estiagem que afeta todo estado”, frisa Lusardo. O nível crítico é quando atinge entre 6 e 5 metros.

Com o retorno das chuvas, a situação deve voltar a melhorar. Santiago havia passado por uma situação extrema de estiagem em 2012, fazendo com que a Corsan tomasse medidas emergenciais, como foi o bombeamento de água do 3º Lajeado, através de um sistema de canalização que ficou pronto em 14 dias. Este sistema será usado novamente, caso haja necessidade.

Os comentários estão fechados.

Scroll To Top