Santiago e região sofrem com a falta de chuva
A estiagem está afetando todo o Rio Grande do Sul, Santiago e os municípios da região já decretaram Situação de Emergência, pela falta de chuva.
Conforme um laudo recente da EMATER, as perdas De acordo com o recente laudo da Emater, as perdas já ultrapassam os R$ 144 milhões. A falta de chuva não afeta comente a produção de grãos, mas também a criação de animais.
O laudo refere-se ao cenário do setor rural do município de Santiago, ocasionado pelo baixo índice de chuvas que vem afetando o município nessa safra, com duas estiagens sucessivas ocorridas entre os períodos de 30/11 e 21/12 e entre 15/01 até o momento, nas quais causaram e vem causando grandes perdas no município.
Confira os dados emitidos através do laudo da EMATER: No cultivo do milho, até o momento a perda é de 60%, totalizando um prejuízo financeiro de R$ 5.402.880,00. Na soja a perda, até o momento, foi de 50%, um prejuízo financeiro de R$ 102.384.000,00. Bovinos, perda de 15%, um prejuízo de R$ 36.600.000,00 e olerícolas perdas de 20% e prejuízo de R$ 200.000,00.
Os reflexos da estiagem serão muito negativos para o estado e seus municípios, a população torce para que a chuva chegue logo, para que problemas ainda maiores sejam evitados.
Conforme o Engenheiro Agrônomo da Emater, EM Santiago, Marcelo Gomes Steiner, com relação às perdas, as culturas de milho e soja são as mais atingidas, e a cada dia que passa sem chover, as perdas aumentam. Porém os cultivos protegidos (olerícolas – verduras) também apresentam bastantes perdas, devido às altas temperaturas.
“Há também perdas na pecuária, pois o campo nativo e as pastagens de verão não apresentam crescimento, além de em muitas áreas já haver a morte de forragens (pastagens) diminuindo ainda mais a oferta e fazendo com que os animais percam peso, em uma época complicada, pois se os animais entrarem no inverno com baixa nutrição podem ocorrer ainda maior perda de peso e consequentemente a morte”, destacou.
A falta de chuva também gera problema para os municípios na questão do abastecimento de água, muitas barragens estão com os níveis abaixo do normal, preocupando a Corsan e a população.
Em Santiago não é diferente, a estiagem coloca Corsan em alerta quanto ao nível da barragem que está diminuindo a cada dia. Mas, mesmo com toda esta situação, não há necessidade de racionamento.
Em conversa com o gestor da unidade da Corsan em Santiago, Lusardo Parise, ele destaca que mesmo não havendo a necessidade, neste momento, de racionamento, o que a população precisa evitar é gastar água, seja com lavagem de carros, de garagens e calçadas, entre outros. Segundo Lusardo, o quadro ainda está estabilizado.
Até a quarta-feira, 11, havia baixado 2 metros do nível normal da água da barragem, que é de 10 metros e 20 centímetros, “o importante é evitar o desperdício, já que estamos passando por uma forte estiagem que afeta todo estado”, frisa Lusardo. O nível crítico é quando atinge entre 6 e 5 metros.
Com o retorno das chuvas, a situação deve voltar a melhorar. Santiago havia passado por uma situação extrema de estiagem em 2012, fazendo com que a Corsan tomasse medidas emergenciais, como foi o bombeamento de água do 3º Lajeado, através de um sistema de canalização que ficou pronto em 14 dias. Este sistema será usado novamente, caso haja necessidade.